“ O povo não tem o que comer, mas a elite dirigente parece viver melhor do que nunca.
Enquanto na cidade de cimento-a cidade rica -, os apartamentos mais caros chegam aos 500 mil dólares e esgotam; na cidade pobre - a cidade do zinco - um frango por mês, a 3 euros, é só para quem tem um bom salário.” João Dias Miguel VISÃO
A Guerra do Pão é o nome dado à revolta feita pela população desempregada de Moçambique, no dia 1 e 2 de Setembro de 2010, contra a subida dos preços dos bens essenciais como o do pão, da água e da electricidade e, contra um governo corrupto, que favorece apenas uma minoria.
A população, queixa-se de um governo corrupto e Marcelo Mosse, investigador do Centro para a Integridade Pública, uma ONG anticorrupção, afirma que: “ O que se passa é que nem o Governo nem os doadores têm coragem para admitir que as suas políticas de combate à pobreza falharam por completo e os milhões e milhões da ajuda internacional beneficiaram apenas de uma pequena elite.”.
Chamam também a este motim a “Revolta das Barrigas”, porque os moçambicanos estavam habituados a comer três refeições por dia e a comprar dez sacos de arroz por mês, e agora, comem duas vezes por dia e só conseguem comprar cinco sacos e só consumem carne uma vez por ano.
O Governo respondeu aos motins chamando aos manifestantes de vândalos e bandidos mas, mais tarde, o Executivo anunciou o congelamento dos aumentos de preços.
“As manifestações são contra um Governo de corruptos em que os ministros entram de calças na mão e saem de fato Armani.” Fernando Veloso, Jornalista moçambicano
Marta Fernandes
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