Na revista Visão desta semana vem um artigo muito interessante sobre "um dos maiores impérios de calçado do mundo": o Timberland.
Jeffrey Swartz é neto do fundador da empresa Timberland e é o actual presidente executivo da mesma.Este afirma que na indústria do calçado várias vezes lhe chamaram "maluco". Uma destas situações ocorre quando este decidiu juntar às etiquetas dos sapatos uma referencia ao impacto ambiental que teve a sua produção. Outra das suas ideias visou a criação de "um blusão todo ele feito a partir de café e garrafas de refrigerante reciclados, (...). É 100% reciclado, transmite uma extraordinária sensação ao toque e é à prova de água.".
O seu pai queria que este tivesse uma profissão respeitável: médico, advogado ou contabilista. Este optou pela Medicina porém, 10 dias após a sua graduação, o pai morreu num acidente de viação e Jeffrey Swartz. Foi assim que decidiu "entrar no negócio do calçado". Este afirma "nunca quis seguir a profissão, mas era ali que podia continuar ligado aos valores da familia (...)".
"Há duas razões para produzirmos aqui, em Portugal: a tecnologia e a proximidade do mercado, visto que este é um modelo com muito boa aceitação na Europa», esclarece. A produção é reduzida - apenas 100 mil unidades -, mas Jeffrey diz que "quando temos uma ideia nova no mercado, não podemos esperar vendas de 10 milhões". E acrescenta: "Nem quero fazer 10 milhões. Prefiro fabricar 100 mil perfeitos." Outra das apostas da Timberland consiste no fabrico de produtos amigos do ambiente. Porquê? "Ajudo o planeta e ganho dinheiro" - eis a resposta pronta, clara e imediata."
Com o ideal de proteger o ambiente e ganhar dinheiro Jeffrey Swartz "trocou as lâmpadas das suas lojas nos EUA por outras com tecnologia LED. "O plano previa o retorno do investimento em cerca de um ano, com uma poupança anual de 75 mil dólares. O resultado é muito melhor, pois estamos a poupar mil dólares por ano. Vamos recuperar o aumento em oito meses." ".
Fonte: Revista Visão
Sofia Rodrigues
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